Hoje faz um mês que ganhei minha fixação externa no braço. Não é um fato pra comemorar é só uma constatação.
Este mês custou a passar, parecia que ia dar um ano e não iria passar um mês. Acredito que isso se deve ao fato de ficar esperando ansiosamente o tempo passar.
Como faço todos os dias pela manhã, me pergunto: O que você vai escolher para hoje? Sofrer? Olho para o cardápio e me pergunto qual será o sofrimento do dia? Mas como já escrevi no blog, o sofrimento é opção, então me encho de forças e escolho não sofrer!
O prato do dia será: Obrigado por mais um dia, obrigado pela chance de recuperação. Hoje o dia está lindo e ensolarado, já se passou um mês de gaiola e só faltam onze meses pra eu ficar com o bendito Ilizarov até eu ganhar minha carta de alforria.
Força e pensamento positivo, a caminhada ainda é longa e a guerra contra a osteomielite é dura. Sairei vencedor desta guerra e com o espírito renovado. Muita coisa já mudou em mim para melhor!
Feliz aniversário, querido Ilizarov!
sexta-feira, 26 de março de 2010
quarta-feira, 24 de março de 2010
Foto do Ilizarov IV
terça-feira, 23 de março de 2010
Ontem foi dia de médico.
Ontem foi dia de médico. Fui num ortopedista especialista em mão e cotovelo em São Paulo e depois fui ao meu especialista em Ilizarov em Jundiaí.
Está tudo correndo dentro da normalidade. Não sei o que pode ser chamado de normalidade, pra quem está com uma fixação externa no braço, mas o tratamento evolui bem, continuarei tomando meus antibióticos e fazendo meus curativos. As feridas do cotovelo já estão mais cicatrizadas.
Foi legal ter ido a São Paulo e Jundiaí, pois me lembrei da minha rotina de trabalho, lembrei do tempo em que eu fazia muitas coisas ao mesmo tempo e dirigia bastante. Saudades... Posso afirmar que era um trampo bastante dinâmico e agitado, às vezes até demais.
É bom lembrar-se da época em que eu trabalhava e não tinha nenhum problema físico e de saúde, eu acho que eu era meio metido a “Superman”, pois eu literalmente pintava e bordava.Êta carinha bom que era aquele, eh eh eh!
Atualmente só posso afirmar: “Se você não foi favorecido pela sorte, então não conte com ela”. Tem nêgo que tem sorte e tem nêgo que não tem sorte, depende...
No último sábado tive que ir a aula do MBA em Campinas, mais uma vez tive que encarar um monte de gente curiosa pra saber do meu Ilizarov, incluso o professor. Repeti a mesma história quatrocentas e cinquenta e oito vezes e confesso que voltei pra casa meio “down”.
Ontem fui obrigado a ouvir novamente pra eu dar “graças”, pois existem coisas piores que o meu caso... Estou pegando “birra” deste comentário. Acredito que somente quem passa pela dor conhece o alívio, quem não sente a dor, não conhece o alívio e quem não tem nada doendo não deveria falar uma coisa desta. Todo mundo sabe que existem coisas piores e pouparei quem lê de dar exemplos. Porém sou muito grato a todos que estão cuidando de mim: médicos, enfermeiros, esposa, familiares...
Feliz Ilizarov pra mim e vou voltar a chorar na cama que é lugar quente!
Fui!
Está tudo correndo dentro da normalidade. Não sei o que pode ser chamado de normalidade, pra quem está com uma fixação externa no braço, mas o tratamento evolui bem, continuarei tomando meus antibióticos e fazendo meus curativos. As feridas do cotovelo já estão mais cicatrizadas.
Foi legal ter ido a São Paulo e Jundiaí, pois me lembrei da minha rotina de trabalho, lembrei do tempo em que eu fazia muitas coisas ao mesmo tempo e dirigia bastante. Saudades... Posso afirmar que era um trampo bastante dinâmico e agitado, às vezes até demais.
É bom lembrar-se da época em que eu trabalhava e não tinha nenhum problema físico e de saúde, eu acho que eu era meio metido a “Superman”, pois eu literalmente pintava e bordava.Êta carinha bom que era aquele, eh eh eh!
Atualmente só posso afirmar: “Se você não foi favorecido pela sorte, então não conte com ela”. Tem nêgo que tem sorte e tem nêgo que não tem sorte, depende...
No último sábado tive que ir a aula do MBA em Campinas, mais uma vez tive que encarar um monte de gente curiosa pra saber do meu Ilizarov, incluso o professor. Repeti a mesma história quatrocentas e cinquenta e oito vezes e confesso que voltei pra casa meio “down”.
Ontem fui obrigado a ouvir novamente pra eu dar “graças”, pois existem coisas piores que o meu caso... Estou pegando “birra” deste comentário. Acredito que somente quem passa pela dor conhece o alívio, quem não sente a dor, não conhece o alívio e quem não tem nada doendo não deveria falar uma coisa desta. Todo mundo sabe que existem coisas piores e pouparei quem lê de dar exemplos. Porém sou muito grato a todos que estão cuidando de mim: médicos, enfermeiros, esposa, familiares...
Feliz Ilizarov pra mim e vou voltar a chorar na cama que é lugar quente!
Fui!
sexta-feira, 19 de março de 2010
quinta-feira, 18 de março de 2010
No meio do caminho tinha uma pedra II.
Não tenho mais dúvida que estou passando pela fase mais difícil de minha vida. Acreditei que a atual fase não superaria aquela remota época em que tive apendicite e passei por uma crítica fase de recuperação e tratamento. Hoje, fisicamente e psicologicamente, tenho passado por provações diárias de recuperação, aceitação incertezas e superação.
Na semana que antecedeu minha cirurgia de colocação do Ilizarov, chorei muito... mas chorei muito mesmo! Não acreditava que depois de tanto tempo tratando minha fratura, eu ainda tivesse que passar pelo pior. Depois do Ilizarov, chorei uma única vez, não pelo Ilizarov e sim por uma atitude grosseira. Acredito que encontrei a resignação necessária para aceitar tudo o que vem acontecendo e continuar o tratamento de cabeça erguida.
Fui obrigado a rever todo o meu posicionamento e as minhas atitudes perante a vida até o momento do acidente. Entre todas as coisas que fiz, muitas foram sacrificantes: encarar mudança de emprego, viver em outra cidade, viver sozinho, aceitar morar e reformar um apartamento, etc. Foi difícil e trabalhoso, porém o que mais está me marcando, é a estranha sensação de não ter feito algo ou se arrepender do que não foi feito.
Hoje estou de peito aberto para vida! Não sei se recuperarei os movimentos do cotovelo, não sei se voltarei a trabalhar como antes, não sei se meu casamento irá resistir a esta fase, etc. Assim como vem acontecendo nos últimos meses, estou preparado para o imprevisto e certo de que as coisas não serão como antes, porém, estou muito confiante e pronto para tomar a decisão que seja necessária, seja ela qual for.
Para encarar estas dificuldades eliminando o sofrimento, tenho meditado e orado muitas vezes ao dia. Tenho me colocado em outras situações e sendo empático ao sentimento do próximo. Não tenho mais dúvidas que a partir do momento em que acordei da anestesia da última cirurgia (Ilizarov), minha vida já não era mais a mesma.
Coragem, pois a vida entrará novamente nos eixos, afinal, tudo é passageiro! Pela intensidade que tenho vivido, tenho acumulado experiências interessantes e tenho muita história para contar, rs. O Ilisarov será mais uma delas.
“Somente o marinheiro que enfrentou mil tormentas sabe qual é o gosto de uma bonança”.
Flavio Gemi - Itatiba SP.
18/03/2010
Na semana que antecedeu minha cirurgia de colocação do Ilizarov, chorei muito... mas chorei muito mesmo! Não acreditava que depois de tanto tempo tratando minha fratura, eu ainda tivesse que passar pelo pior. Depois do Ilizarov, chorei uma única vez, não pelo Ilizarov e sim por uma atitude grosseira. Acredito que encontrei a resignação necessária para aceitar tudo o que vem acontecendo e continuar o tratamento de cabeça erguida.
Fui obrigado a rever todo o meu posicionamento e as minhas atitudes perante a vida até o momento do acidente. Entre todas as coisas que fiz, muitas foram sacrificantes: encarar mudança de emprego, viver em outra cidade, viver sozinho, aceitar morar e reformar um apartamento, etc. Foi difícil e trabalhoso, porém o que mais está me marcando, é a estranha sensação de não ter feito algo ou se arrepender do que não foi feito.
Hoje estou de peito aberto para vida! Não sei se recuperarei os movimentos do cotovelo, não sei se voltarei a trabalhar como antes, não sei se meu casamento irá resistir a esta fase, etc. Assim como vem acontecendo nos últimos meses, estou preparado para o imprevisto e certo de que as coisas não serão como antes, porém, estou muito confiante e pronto para tomar a decisão que seja necessária, seja ela qual for.
Para encarar estas dificuldades eliminando o sofrimento, tenho meditado e orado muitas vezes ao dia. Tenho me colocado em outras situações e sendo empático ao sentimento do próximo. Não tenho mais dúvidas que a partir do momento em que acordei da anestesia da última cirurgia (Ilizarov), minha vida já não era mais a mesma.
Coragem, pois a vida entrará novamente nos eixos, afinal, tudo é passageiro! Pela intensidade que tenho vivido, tenho acumulado experiências interessantes e tenho muita história para contar, rs. O Ilisarov será mais uma delas.
“Somente o marinheiro que enfrentou mil tormentas sabe qual é o gosto de uma bonança”.
Flavio Gemi - Itatiba SP.
18/03/2010
quarta-feira, 17 de março de 2010
No meio do caminho tinha uma pedra I.
A autopiedade tira nosso amor por si mesmo e pelo próximo. Escrevo isto baseado na idéia de não me sentir o coitadinho por estar com o Ilizarov no braço. Ter uma atitude de autopiedade torna a pessoa propensa a ser negativa ou estar próxima de sentimentos negativos.
Devemos trabalhar todos os dias, - todos os dias mesmo! – para despertar nos outros o amor que somos merecedores e não o sentimento de pena. Não somos dignos de pena, somos dignos de amor e amizade!
Escrevo este pequeno texto após visitar alguns sites e blogs de pessoas que como eu, usaram ou estão usando uma fixação externa nos membros. Muita calma nessa hora! Entenda-se por membros pernas e braços. O tratamento psicológico para quem usa uma fixação externa é tão importante quanto tratar a patologia (fratura e suas complicações).
É horrível utilizar o fixador externo (tipo Ilizarov), porém, tenho ciência que a cura passa por ele. Tenho que manter o foco: cola ossinho, ossinho cola!
Devemos trabalhar todos os dias, - todos os dias mesmo! – para despertar nos outros o amor que somos merecedores e não o sentimento de pena. Não somos dignos de pena, somos dignos de amor e amizade!
Escrevo este pequeno texto após visitar alguns sites e blogs de pessoas que como eu, usaram ou estão usando uma fixação externa nos membros. Muita calma nessa hora! Entenda-se por membros pernas e braços. O tratamento psicológico para quem usa uma fixação externa é tão importante quanto tratar a patologia (fratura e suas complicações).
É horrível utilizar o fixador externo (tipo Ilizarov), porém, tenho ciência que a cura passa por ele. Tenho que manter o foco: cola ossinho, ossinho cola!
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