sábado, 26 de fevereiro de 2011

Um Ano com o Ilizarov

Hoje eu completo um ano com o Ilizarov.
Há um ano, eu acreditava que hoje eu estaria postando uma mensagem muito diferente da mensagem de hoje, tipo: "Estou comemorando a retirada da gaiola e a consolidação do osso, enfim estou na fase final do tratamento"...conforme previsto.
Não é o que acontece, a gaiola continua aqui presa ao meu úmero esquerdo e mantenho a relação de amor e ódio com este aparelho e com toda esta situação que me cerca. Em tempo: a gaiola original foi retirada em 10/02/2011 e o aparelho atual é novo.
Não tenho data para retirá-lo e sequer garantias que o enxerto ósseo pegará e tudo dará certo. Continuo num vôo cego.
Nos últimos dias apresentei uma febre baixa que foi relatada ao médico ortopodista na última consulta do dia 24/02. Pra começar a história, o Hospital Paulo Sacramento de Jundiaí perdeu o meu exame de cultura do osso, coletado durante a cirurgia de 10/02. Este exame é muito IMPORTANTE para saber se ainda tenho bactéria no osso e qual bactéria é essa. Por conta disso, o médico puncionou material da região da fratura e enviou para análise novamente para saber se tem bactéria neste material(leia-se puncionar igual a dar uma anestesia local no braço e enfiar uma agulha enorme e grossa no braço e aspirar material com uma seringa).
Por conta da febre, tive que coletar sangue três vezes para saber se possuo alguma ação de bactéria perceptível ao exame de sangue e para completar, meus índices de VHS e PCR estavam altíssimos. Antes que eu me esqueça de relatar, meus pontos foram retirados também neste dia.
Estes exames ficarão prontos somente a partir do dia 03/03. A conduta do hospital que perdeu o exame e a postura do médico são questináveis sim!
O fato positivo fica por conta do ortopedista ter falado com o infectologista para eles decidirem os rumos de meu tratamento, isto nunca havia acontecido antes e pasmem: o ortopodista me forneceu o seu celular.
Dependendo do que sair nestes exames, o médico ortopedista já falou em abrir o braço de novo, perder o enxerto e etc...Lamentáveis palavras para o momento e se isto acontecer, será o caos declarado.
Somente peço a Deus que tenha misericórdia de mim e me ajude a sair desta. Estou ficando desesperado sem ter o que fazer. Tenho rezado pela minha salvação com veemência.
Voltarei a trabalhar na segunda-feira, com muita esperança de que a vida voltará a sorrir pra mim e que minha sorte será diferente. Sinceramente não estou suportando mais.
Pra fechar esta postagem segue uma foto da nova gaiola. Peço atençao ao corte na região do quadril de onde foi coletado o enxerto ósseo. Doeu pra caramba!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A Segunda Fixação Externa

No dia 10 de fevereiro de 2011, passei por nova cirurgia para implantação de enxerto ósseo, remoção da primeira fixação externa e colocação da segunda fixação externa (tipo Ilizarov), no úmero esquerdo que estava refraturado.
Transcorreu tudo bem na cirurgia e no dia 12 de fevereiro obtive alta do hospital e sigo me recuperando em casa.
A nova gaiola aparenta ser mais compacta e mais leve do que a primeira gaiola e segundo o médico, ela fixa melhor o osso.
Ainda sinto dores onde foram feitas as incisões: no braço que recebeu o enxerto e na região da cintura / quadril de onde foi retirado o enxerto ósseo (crista do Ilíaco). Se fosse classificar as dores, diria que o corte de onde saiu o enxerto é o que dói mais, seguido dos furos onde se cravam os parafusos do Ilizarov no braço e por último, o corte no braço onde foi inserido o enxerto.
Não sei de onde consegui retirar um pouco mais de resignação para continuar a caminhada. Me sinto um pouco mais confortado e ainda com uma ponta de esperança de que tudo isso acabará bem. Há alguns dias, eu até cogitava a idéia de acabar com o blog de tanta indignação com a refratura do osso.
Assim que possível, espero postar algumas fotos da nova gaiola e do braço recém operado.
A caminhada para a cura não está fácil e desde a refratura do osso, dei sinais de que estou fraquejando. Tenho me vigiado para não cair, porém acredito que a obteção de resultados positivos após esta cirurgia, serão fundamentais para manter meu ânimo e suportar todos os obstáculos que ainda estão por vir.
Peço que orem por mim. Abraços.
Flavio