Amanhã completarei 8 meses com a gaiola, ou seja, daqui a pouco.
Tá um tempo muito estranho lá fora, uma noite quente com muita ventania, adqvertindo que coisa boa não está por vir.
Eu estou aqui escrevendo com as janelas espalancadas, pois estou suando e não paro de espirrar.
O oitavo mês desta infinita gestação que é a osteomielite + o Ilizarov promete ser melancólico. Sem motivos aparentes, porém é assim que eu me sinto.
Minha atual sensação é a de um piloto que largou em último lugar, fez uma corrida espetacular, ganhou a corrida e na hora do pódio, a equipe colocou outro piloto no lugar dele pra ouvir o hino e estourar a champagne.
Infelizmente as coisas são assim.
Vou melhorar pois a sobrevivência está no meu DNA, mas minha vida está um porre!
Não é a luta do bem contra o mal, da justiça contra a injustiça, do He-Man contra o Esqueleto e nem da rocha contra o mar é simplesmente resistência física contra resistência psicológica.
Enfim é a mesma coisa de que falar com a porta. Não adianta nada.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
sábado, 2 de outubro de 2010
Este é o meu único cantinho.
A minha situação ainda é crítica e desde que adotei um novo modo de comportamento, às vezes, este blog é meu único refúgio para desabafar.
Continuo seguindo exemplarmente meu tratamento visando a recuperação total do osso e da eliminação da osteomielite. Sei que meu caso é grave e que o tratamento será muito trabalhoso, mas infelizmente continuo em um "vôo cego" quanto a previsão de recuperação. Em partes, meu ortopedista poderia ser mais bacana, mas ele não dá uma previsão sequer quanto as expectativas futuras. Quando faço algumas perguntas como uma possível previsão de retirada da gaiola, meu médico logo perde a paciência e diz que vai fazer um enxerto ósseo em mim. Logo lembro-o que estou usando o PHYSIO STIM (que ele mesmo indicou) para não fazer o enxerto ósseo e aí o bicho come um "bom-bril" danado. Infelizmente além da paciência necessária com todas as coisas desagradáveis que o Ilizarov e a osteomielite me trouxeram, tenho que ter mais paciência ainda com o "ego" dos médicos (todos). Coitados vão morrer e feder como qualquer um.
Tenho tido um comportamento quase nota 10, com paciência, sem grana, aguentando firme as dores e incômodos, aguentando o trabalho que está num ritmo acelerado, apesar de ter que escutar gracinhas de uns caras com 20 anos de empresa no "lombo" que insinuam que eu estou tranquilo, pelo fato de eu não estar saindo para visitar clientes com a mesma frequência de antes. Enfim é que pra trabalhar no mesmo ritmo que eu trabalhava antes do acidente, o cara tem ser "bão", não é pra qualquer um não! Hoje mesmo com a limitação momentânea de dirigir automóveis, sou produtivo pra caramba, pois vendo um monte de máquinas sem tirar a bunda da cadeira, a custo praticamente zero pra empresa. Atualmente sinto pena dessa gente, que apesar de 20 anos de empresa não sabem sequer escrever um e-mail em português...
Falando em empresa, pra piorar ainda mais minha situação fiquei pagando os descontos em folha de pagamento referente aos meus 11 meses de afastamento até este mês de setembro. Enfim, estou desde julho sem receber do INSS e da empresa e nem preciso comentar que minha situação financeira está terrível.
Me considero uma perfeita mula manca, pois já cometi todos os erros que uma pessoa comum pode cometer. Às vezes, me pego questionando que não tive melhor sorte até agora, por falta de fé...porém, quando paro pra pensar que apesar de todos os fatores contra, ainda trabalho exemplarmente, estou concluíndo uma pós-graduação onde fui aprovado em todos os módulos, digitei um TCC com uma única mão, pago minhas contas em dia, faço fisioterapia, exercícios físicos (emagreci 6 quilos) e sou ativo em prol do bem, logo vejo que existe fé sim! FÉ NA VIDA!
Como escreví acima, este quase sempre é meu único cantinho para exprimir meus desabafos, pois não vou ficar choramingando e reclamando da vida pelos cantos, por mais dura que ela se apresentou pra mim.
Continuo seguindo exemplarmente meu tratamento visando a recuperação total do osso e da eliminação da osteomielite. Sei que meu caso é grave e que o tratamento será muito trabalhoso, mas infelizmente continuo em um "vôo cego" quanto a previsão de recuperação. Em partes, meu ortopedista poderia ser mais bacana, mas ele não dá uma previsão sequer quanto as expectativas futuras. Quando faço algumas perguntas como uma possível previsão de retirada da gaiola, meu médico logo perde a paciência e diz que vai fazer um enxerto ósseo em mim. Logo lembro-o que estou usando o PHYSIO STIM (que ele mesmo indicou) para não fazer o enxerto ósseo e aí o bicho come um "bom-bril" danado. Infelizmente além da paciência necessária com todas as coisas desagradáveis que o Ilizarov e a osteomielite me trouxeram, tenho que ter mais paciência ainda com o "ego" dos médicos (todos). Coitados vão morrer e feder como qualquer um.
Tenho tido um comportamento quase nota 10, com paciência, sem grana, aguentando firme as dores e incômodos, aguentando o trabalho que está num ritmo acelerado, apesar de ter que escutar gracinhas de uns caras com 20 anos de empresa no "lombo" que insinuam que eu estou tranquilo, pelo fato de eu não estar saindo para visitar clientes com a mesma frequência de antes. Enfim é que pra trabalhar no mesmo ritmo que eu trabalhava antes do acidente, o cara tem ser "bão", não é pra qualquer um não! Hoje mesmo com a limitação momentânea de dirigir automóveis, sou produtivo pra caramba, pois vendo um monte de máquinas sem tirar a bunda da cadeira, a custo praticamente zero pra empresa. Atualmente sinto pena dessa gente, que apesar de 20 anos de empresa não sabem sequer escrever um e-mail em português...
Falando em empresa, pra piorar ainda mais minha situação fiquei pagando os descontos em folha de pagamento referente aos meus 11 meses de afastamento até este mês de setembro. Enfim, estou desde julho sem receber do INSS e da empresa e nem preciso comentar que minha situação financeira está terrível.
Me considero uma perfeita mula manca, pois já cometi todos os erros que uma pessoa comum pode cometer. Às vezes, me pego questionando que não tive melhor sorte até agora, por falta de fé...porém, quando paro pra pensar que apesar de todos os fatores contra, ainda trabalho exemplarmente, estou concluíndo uma pós-graduação onde fui aprovado em todos os módulos, digitei um TCC com uma única mão, pago minhas contas em dia, faço fisioterapia, exercícios físicos (emagreci 6 quilos) e sou ativo em prol do bem, logo vejo que existe fé sim! FÉ NA VIDA!
Como escreví acima, este quase sempre é meu único cantinho para exprimir meus desabafos, pois não vou ficar choramingando e reclamando da vida pelos cantos, por mais dura que ela se apresentou pra mim.
Assinar:
Postagens (Atom)